sexta-feira, 26 de novembro de 2010

As Novas Tecnologias e os Perigos Reais do Mundo Virtual


As crianças e adolescentes, hoje, desenvolvem-se com o uso das novas tecnologias das quais tem acesso. A comunicação, o entretenimento e a aprendizagem se dão através do computador, da internet, dos celulares, dos videogames (videojogos).
Que isso é um ponto positivo não é o que está se propondo a discutir aqui e deve-se até estimular o uso destas tecnologias para os fins citados, desde que seja com responsabilidade.
A preocupação é até que ponto as famílias, a sociedade, as instituições sejam elas escolas, igrejas, justiça estão preparadas para acompanhar o avanço desenfreado e sem retorno dessas ferramentas que estão disponíveis e, para nossas crianças, adolescentes e jovens, é tão fácil dominá-las.
Temos consciência dos reais perigos que rondam o mundo virtual? Sabemos exatamente a medida do alcance que esses meios tecnológicos possibilitam? O que sabemos é que não existe fronteira para as TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação).
Os noticiários relatam, a todo instante, casos de violência de todas as especificidades que ocorrem em diversas partes do mundo a partir de um simples apertar de botão, num “click”.
De um simples encontro da “galera” a seqüestros seguidos de morte. Se a nossa vida já esteve por um fio, atualmente está por um “click”. 
 A intimidade exposta na tela do celular e do computador – lembram do caso do Rio Grande do Sul? Aquele que o garoto atraiu a adolescente para a sua casa e a violentou? De quebra expôs tudo o que ocorreu, como se fosse um troféu, na rede mundial de computadores. E a família do garoto o apoiou. 
Cenas de sexo, brigas entre meninos e meninas, pedofilia – e este termo até bem pouco tempo nos era desconhecido – estupro, comércio de drogas ilícitas, todo tipo de perigo que se possa imaginar pode estar escondido no menor dos aparelhos.
Nem titubeamos: pediu, está na mão. Eles precisam estar antenados. Pai e mãe... sabe como é! Não podemos negar para nossos filhos aquilo que não tivemos e se todo mundo tem... Fazemos qualquer sacrifício para que o filho tenha um computador. E acompanhado de outra arma: a internet. Essa supera qualquer especulação.
O argumento fatal: “Terei acesso ao conhecimento”, ou seja, a aprendizagem está comprometida, reduzida à tarefa de copiar e colar. Não serão mais realizadas as tarefas escolares, reforçando a máxima: nada se cria, tudo se copia e o livro, fonte mais segura de informação e conhecimento, vai ficando.Colocamos uma arma nas mão dos nossos filhos sem refletir sobre o real perigo que ela oferece.
A geração control+c; control+v. Explico: No teclado do PC ou note há uma tecla que se chama de tecla de controle (control) que acionada junto com a tecla da letra “c” copia partes selecionadas de um documento, ou ele completo, a mesma tecla acionada junto com a tecla da letra “v” cola, ou melhor, mostra aquilo que foi copiado numa janela de edição de texto. Ah! Note é notebook. UFA!

Já paramos para pensar sobre isso?

Aqui em Gentio a novidade é o acesso às maravilhas da telefonia celular. Nem temos noção da proporção de aparelhos em relação à população. É bem provável que a maioria deles esteja em poder de crianças e adolescentes. A geração de 30 anos acima tem dificuldade até mesmo de utilizar um DVD que já se encontra “démodé” (como o próprio termo que utilizo aqui). Fui cruel? Então, pergunto: Todos da nossa geração (tenho 42 anos) têm segurança ao utilizar um videocassete, mais antigo que o DVD, uma TV dessas mais modernas, com controle remoto? Analisem.
E o celular? Fotografa-se de tudo com o celular, ou melhor, para não ser desatualizado, careta, grava-se imagem e som e a exibição é imediata e em cores com riqueza de detalhes.
Diante dessa nova realidade a tarefa de pais e mães se torna mais complexa e a vigilância precisa ser constante.
Estar atento ao que nossos filhos estão fazendo, como eles estão utilizando as TICs  e a finalidade com que as utilizam é a atitude mais sensata que poderemos ter. Não somos carrascos se assim fizermos; estamos sendo cuidadosos com eles.
Orientá-los a utilizar o celular, o computador e a internet com responsabilidade, respeitando o outro e a si próprio. O meu caráter foi formado a partir dos ensinamentos dos meus pais. Não é tarde e não é caretice. Nossas vós já diziam: Melhor prevenir do que remediar.

Um comentário:

  1. Beto, boa iniciativa. Parabéns! Principalmente pelo texto sobre as tecnologias nas mãos das crianças e adolescentes, realmente é necessária uma boa reflexão e controle.

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